Nota da CNM reforça preocupação com a inflação; fevereiro registrou o maior percentual desde 2015 Economia
O mês de fevereiro deste ano registrou a maior inflação dos últimos sete anos. O crescimento foi de 1,01% de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial adotado pelo governo federal para mensurar a variação de preços. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) orienta mensalmente os gestores por meio de nota que publica com base no levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O comportamento da inflação no mês passado foi analisado conforme informações coletadas dos preços de produtos e serviços entre os dias 29 de janeiro e 25 de fevereiro deste ano. Com esses dados, foi feita a comparação com os valores vigentes entre 29 de dezembro de 2021 e 28 de janeiro de 2022. O acumulado nos últimos 12 meses chegou a 10,54%, alcançando o quinto mês com a inflação oficial superior a dois dígitos e o terceiro em aceleração.
Nesse contexto, vale ressaltar que o percentual está consideravelmente acima da inflação projetada como meta do Banco Central: 3,5% para 2022 e também superior ao limite de 5% projetado pelo governo federal. De acordo com IBGE, houve crescimento em todos os grupos de produtos e serviços pesquisados. A maior alta mensal foi observada na educação (5,61%), seguida de alimentação e bebidas, com (1,28%). Os preços do transporte (0,46%) e habitação (0,54%) também estão como responsáveis pelo aumento da inflação.
Somados, os grupos de educação e alimentação e bebidas chegaram a 57% da inflação total calculada em fevereiro. Esse cenário causa preocupação, uma vez que existem fatores externos, como o aumento do preço das commodities e reajuste dos combustíveis, que devem pressionar a inflação nos próximos meses. Os sucessivos registros de crescimento dos percentuais da inflação tornam ainda mais complicado o cumprimento da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano.