Brasil celebra 35 anos sem poliomielite e CNM faz alerta sobre a baixa taxa de vacinação Municípios
Brasil celebra 35 anos sem poliomielite e CNM faz alerta sobre a baixa taxa de vacinação
Neste dia 24 de outubro, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite – ou paralisia infantil, como é conhecida. A data marca os 35 anos de registro do último caso de pólio no Brasil. A estratégia adotada para eliminar o vírus foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina oral contra a pólio (VOP).
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus – sorotipos 1, 2, 3 -, e que pode infectar crianças e adultos pelo contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas, podendo provocar ou não paralisia. O período de incubação varia de 5 a 35 dias, com mais frequência entre 7 e 14 dias.
Em sua maioria, a pessoa infectada pelo vírus da poliomielite pode não ter sintomas, que variam de acordo com a gravidade da infecção. Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça, na garganta e no corpo, além de vômitos, diarréias, espasmos e rigidez na nuca. Nas formas mais graves, a infecção atinge as células dos neurônios motores, o que pode resultar em flacidez no músculo.
Vacinação
A partir de 04 de novembro de 2024, o esquema vacinal contra a poliomielite passa a ser exclusiva com a vacina inativada poliomielite (VIP), com três doses aos 2, 4 e 6 meses e uma dose de reforço aos 15 meses. A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e faz parte do processo de eliminação mundial da pólio.
Porém, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) reforça a preocupação com os dados apresentados em estudo divulgado pela entidade em maio deste ano. A publicação aponta que, pelo quinto ano consecutivo, o país segue abaixo da meta de imunização. Sobre o cenário da poliomielite, a pesquisa cita que o índice de imunização de 2023 contra a doença ficou 10% abaixo da meta de 95%. O pior resultado – na série histórica desde 2009 – ocorreu em 2021, com cobertura de apenas 71%.
O estudo também apresentou dados de pesquisa realizada entre maio e abril de 2024, que contou com a participação de 3.044 Municípios. Destes, 67% – 2.045 Municípios – apontaram que o maior desafio para atingir as coberturas vacinais adequadas é devido à baixa conscientização da população sobre a importância da vacinação. E entre os Municípios que apontaram falta de recursos financeiros para fazer a busca ativa dos faltosos, 90% dos respondentes são os Municípios de pequeno porte.
Da Agência CNM de Notícias com informações do Ministério da Saúde
Foto: sc.gov.br