Calendário da 2ª parcela do Auxílio Emergencial deverá ser divulgado até sexta (8) Municípios
Em audiência no Congresso, o ministro da Cidadania disse que o governo quer aumentar os canais de atendimento para facilitar o acesso da população
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse que até esta sexta-feira (8) deve ser divulgado o cronograma de pagamento da segunda parcela do Auxílio Emergencial do Governo Federal, no valor de R$ 600.
“Devemos, provavelmente até amanhã, se tudo correr bem, anunciar o cronograma da segunda parcela a partir da próxima semana”, afirmou Onyx Lorenzoni ao participar, nesta quinta-feira (7), por videoconferência, de uma reunião de comissão formada por deputados e senadores que acompanham as ações relacionadas ao novo coronavírus.
O ministro adiantou que o governo analisa formas de expandir canais de atendimento e facilitar o acesso da população ao auxílio emergencial. Uma das ações é uma parceria com os Correios no cadastro daqueles que querem receber o benefício. O serviço será gratuito para os usuários.
“Estamos numa discussão com os Correios para permitir que as pessoas que não têm acesso à tecnologia, que tem dificuldade, que não encontraram alguém que solidariamente lhe ajude, possam ir aos Correios para fazer o cadastramento”, relatou Lorenzoni.
O ministro contou que, brevemente, serão anunciados outros canais para tratar de casos específicos dos beneficiários. “Isso para garantir que nenhum brasileiro, nenhuma brasileira vai ficar para trás”, disse.
Auxílio Emergencial
Na comissão, o ministro Onyx Lorenzoni fez um balanço sobre o auxílio emergencial e informou que, até agora, foram analisados 96,9 milhões de CPFs cadastrados que solicitaram o benefício.
Foram considerados elegíveis 50,5 milhões de brasileiros. Outros 32,8 milhões ficaram inelegíveis, pois não tinham direito de receber o auxílio. Mais de 13 milhões de CPFs foram considerados inconclusivos por razões diversas.
O ministro da Cidadania informou que até esta quinta-feira (7) foi feito o pagamento para mais de 50 milhões de brasileiros. “Isso é um feito. Não há paralelo no mundo ocidental. Países com estrutura, quer financeira, quer econômica, muito maior que a nossa, não conseguiram chegaram nem na metade do caminho que o Brasil chegou tão rápido”, disse Onyx.
Ele destacou a rede de solidariedade e colaboração que se formou para auxiliar os beneficiários. “Nós buscamos o que tinha de mais tecnológico, conseguimos uma grande rede de solidariedade como sindicatos, associações de moradores que cederam seu telefone para fazer o cadastramento e conseguimos que todas as operadoras [de telefonia] permitissem transitar dentro do sistema sem custo”, contou.
Onyx Lorenzoni lembrou que, quando foram feitas as primeiras projeções de quantos brasileiros poderiam receber o auxílio, com base em estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número girava em torno de seis a oito milhões de invisíveis no Brasil.
“Nós encontramos mais de 21 milhões de invisíveis. É muito maior do que a gente imaginava, e essa foi também uma das razões para que a gente buscasse a suplementação orçamentária que o governo fez na semana passada, para que a gente pudesse completar a primeira parcela”, explicou.
Recursos para a assistência social
Segundo Onyx Lorenzoni, desde a semana passada R$ 2,5 bilhões estão sendo liberados para municípios para fortalecer o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Já foram direcionados R$ 1,3 bilhão a municípios para serem aplicados na assistência social.
O ministro acrescentou que ainda nesta quinta-feira deverá ser assinada uma portaria transferindo outros R$ 580 milhões. Os recursos serão direcionados pelos municípios a programas que atendem os mais vulneráveis como idosos, pessoas com deficiência, moradores de rua e para a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para equipes de assistência social.