CNM alerta Municípios sobre os cuidados com as chuvas no verão, que começa nesta quarta, 21 de dezembro Municípios
O verão começa oficialmente na próxima quarta-feira, 21 de dezembro, e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta os Municípios para cuidados que devem ser tomados pelos gestores municipais na estação. De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temporada deve ser de mais chuvas por todo Brasil. Por isso, a CNM alerta ainda que, neste período, a população precisa ficar ainda mais atenta para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, em decorrência da elevação dos focos de água parada.
Outra preocupação da entidade é quanto aos desastres naturais provocados pela chuva. Segundo o Inmet, o verão 2022/2023 deve ter algumas características principais: a maior parte da chuva no Sudeste e Centro-Oeste deve acontecer na primeira metade da estação, sendo janeiro o mês-chave com 15 dias de chuva; o Sul deve ter chuva abaixo da média, mas Santa Catarina terá acúmulos significativos de chuvas ao longo da estação; além disso, é esperada muita chuva na região Norte do país.
Prevenção de desastres
Diante das previsões apresentadas, a CNM orienta os gestores e agentes municipais que iniciem de imediato as ações de monitoramento, de alerta e alarme de sua Coordenadoria local de Proteção e Defesa Civil. A fim de minimizar os efeitos negativos causados pelas chuvas de verão, a Defesa Civil Municipal deve continuamente atuar e colocar em prática os planos de ações preventivas e gestão de riscos, executando atividades de sensibilização e conscientização da população frente às ameaças.
A prevenção dos desastres de verão é implementada por meio de dois processos importantes: a análise e a redução dos riscos de desastres. Por isso, a CNM orienta que também sejam realizadas atividades ininterruptas de suma importância como: análise e registros dos boletins de meteorologia; mapeamento das áreas de riscos; obtenção de dados junto aos moradores mais antigos de cada região do Município.
Defesa Civil somos todos nós
A CNM elaborou algumas dicas de ações que podem ser implementadas nos Municípios para o enfrentamento dos efeitos negativos causados nessas épocas das chuvas e que possam amenizar ou mesmo prevenir os transtornos causados por desastres naturais.
Antes da Chuva:
a) Promova a limpeza urbana, levando os resíduos para áreas apropriadas;
b) Oriente sua comunidade a manter a cidade limpa com detritos longe das ruas, encostas e rios;
c) Divulgue a importância da limpeza de calhas, telhados e goteiras – além do risco de desabamento, a dengue será evitada.
d) Alerte que pisos e paredes com trincas indicam perigo de desabamento e deslizamento;
e) Realize o desassoreamento e limpeza de córregos e rios;
f) Mapeie os bairros e locais com maior probabilidade de alagamentos ou deslizamentos e oriente sobre as ações que podem minimizar os efeitos negativos dessas ocorrências – exemplo: erguer móveis e eletrodomésticos, deixando-os fora do alcance da água e da lama;
g) Prepare áreas seguras no Município com estrutura suficiente para receber possíveis desabrigados/desalojados. Esta preparação envolve desde sinalização do local como “Este é um parceiro da Defesa Civil Municipal”, material de primeiros socorros, limpeza, abrigamento;
h) Promova campanha de inscrição de voluntários em diversas áreas de atendimento (monitoria, alimentação, organização, entre outros cuidados de gestão de riscos) e mantenha essa relação atualizada com contatos para que no caso de uma ocorrência possam ser convidados a participar das ações de resposta;
Essas orientações a serem desenvolvidas pelo Município podem ser feitas por rádio, TV, nas escolas, em panfletos orientativos, por carros de som, etc, assim como contar com a parceria de supermercados, farmácias, igrejas, escolas, entre outros.
Outras ações municipais de defesa civil para períodos chuvosos
Para que o Município esteja preparado para algumas das calamidades causadas pelas chuvas, vale ainda lembrar ações de planejamento, gestão de riscos e prevenção:
a) Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, onde serão identificadas as áreas de risco e estabelecidas as regras de assentamento da população;
b) Fiscalizar as áreas de risco, evitando o assentamento perigoso em áreas inundáveis;
c) Elaborar um plano de evacuação com um sistema de alerta e alarme. Todo morador deve saber o que fazer e como fazer para não ser atingido;
d) Implementar o esgotamento de águas servidas e a coleta do lixo domiciliar;
e) Indicar quais áreas estão seguras para a construção, com base no zoneamento;
f) Como a maioria das cidades brasileiras está próxima aos vales e margem dos rios, é importante o planejamento, a legislação e a fiscalização para a proteção ambiental.
A CNM irá acompanhar a situação dos Municípios afetados neste período e destaca que gestores e agentes de proteção de defesa civil devem dar prioridade máxima para a questão de salvaguardar vidas.