Começa oficialmente a 5ª expedição Científica do Baixo São Francisco Municípios
Em todos os discursos dos integrantes da mesa, uma unanimidade: os parabéns a todos os pesquisadores e instituições que realizam a maior expedição científica do Brasil e levam o conhecimento acadêmico à sociedade.
Compuseram a mesa de abertura o ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim; o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo; a vice-reitora da Ufal, Eliane Cavalcanti; o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Valter Joviniano; o reitor da Universidade Federal do Agreste Pernambucano (Ufape), Airon Melo; o superintendente adjunto de apoio ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Volney Zanardi; o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, José Maciel de Oliveira; o diretor da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Luís Napoleão Casado; o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh-AL), Gino César Meneses; o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Fábio Guedes; o coordenador-geral das Expedições, Emerson Soares; coordenador geral das Expedições Científicas do Baixo São Francisco; e o prefeito da cidade de Piranhas, Tiago Freitas, representando os gestores dos municípios do Baixo São Francisco.
A Orquestra Filarmônica Mestre Elísio abriu a solenidade e encantou os presentes. O professor Emerson Soares falou em nome dos demais coordenadores – José Vieira e Themis Silva – agradecendo a parceria das mais de 20 instituições envolvidas e enfatizando a qualidade dos profissionais. “Esse programa em defesa do Rio São Francisco reúne as mentes mais qualificadas nas áreas de meio ambiente, educação, saúde, antropologia, engenharia… Então, eu quero agradecer a cada colega que veio de sua instituição, de sua cidade, para se doar nesses 10 dias que estaremos trabalhando aqui”, destacou Soares, enfatizando a importância da tripulação, dos pescadores e motoristas envolvidos para o bom desempenho das atividades.
De forma pioneira, o CBH São Francisco acreditou nesse trabalho, investindo recursos desde a sua primeira edição, em 2018. Maciel Oliveira, presidente do Comitê, falou da relevância da Expedição como forma de subsidiar políticas públicas. “É emblemática a presença do ministro aqui, da Agência Nacional de Águas e prefeitos do Baixo São Francisco, porque os dados científicos apresentados pela Expedição só podem se tornar em melhorias concretas para o nosso Velho Chico por meio do engajamento dessas instituições. A Ufal tem desempenhado um papel fundamental nessa região”, pontuou Maciel Oliveira.
A Semarh-AL e a Fapeal representam o apoio do governo do Estado de Alagoas às Expedições e também são essenciais. O secretário Gino César Meneses e o professor Fábio Guedes ressaltaram a importância da ciência e a valorização que tem sido dada à tecnologia e inovação em Alagoas. Já o prefeito de Piranhas, Tiago Freitas, ressaltou a missão que ele e os demais prefeitos do Baixo São Francisco têm de cuidar da mola propulsora de desenvolvimento econômico da região – o rio; e disse que a cidade está sempre de braços abertos.
A UFS também atua na Expedição por meio dos pesquisadores da área de arqueologia subaquática e de antropologia. Além disso, uma importante parceria foi feita este ano também para que os pacientes com complexidade que forem atendidos pela equipe do barco da saúde, nos municípios sergipanos, sejam encaminhados para o Hospital Universitário da UFS.Para o reitor Valter Joviniano, é uma honra participar desse projeto transformador: “Queremos ter uma participação cada vez mais efetiva, porque as universidades públicas transformam as vidas das pessoas. Desejamos que a 5ª Expedição seja um sucesso”.
O reitor Josealdo Tonholo destacou a Expedição como um dos mais importantes programas da universidade, juntamente com o Festival de Música de Penedo, o Circuito Penedo de Cinema e a Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Pegando carona na temática da água tão trabalhada por Guilherme Arantes, Tonholo destacou que se água é vida, o rio é vida e precisa, portanto, de muita atenção.
A vice-reitora da Ufal, Eliane Cavalcanti, referiu-se à Expedição como uma devolutiva à sociedade, ao povo ribeirinho, que merece tanto e recebe tão pouco. “Saímos da nossa zona de conforto e viemos cuidar do povo, do meio ambiente, viemos fazer a diferença. Ser carranca não é só espantar os maus espíritos do rio, ser carranca é ser resistente, ser carranca é ser expedicionário”, finalizou a expedicionária com aplausos da plateia.
Como presidente da mesa, o ministro Paulo Alvim encerrou a mesa de abertura destacando que todos somos brasileiros e resilientes. “Água é vida, como disse o Tonholo, mas vida também é gente, precisamos pensar nas pessoas. E essa é a diferença dessa expedição. Essa expedição científica tem mote que ‘ciência, educação e saúde’, ou seja, tem a preocupação com o território, com os biomas e as bacias hidrográficas, mas tem muito mais preocupação com as pessoas que estão aqui. Isso é transformar, são brasileiros pensando no Brasil”, finalizou.
Ações desenvolvidas
Após a abertura oficial, os 66 pesquisadores se espalharam pela cidade, de acordo com a área de atuação. Coletas de água, solo e vegetação foram feitas para análises durante e após a Expedição; a Codevasf promoveu o repovoamento de alevinos no rio; as crianças do município puderam aprender e se encantar com o oceanário/planetário do Sesc do Distrito Federal; a Semarh-AL realizou diversas ações de educação ambiental; microtratores e implementos foram doados a associações; ações de saúde pública e exames foram realizados; crianças e adolescentes participaram de atividades recreativas com o projeto Academia e Futebol, coordenadora pela professora Leonea Santiago, do Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe) da Ufal; e fossas agroecológicas foram implantadas, garantindo, assim, o saneamento e mais qualidade de vida à população local.
Itinerário da 5ª Expedição:
3 de novembro: Piranhas (AL);
4 de novembro: Pão de Açúcar (AL);
5 de novembro: Gararu (SE) e Traipu (AL);
6 de novembro: São Brás (AL);
7 de novembro: Propriá (SE);
8 de novembro: Igreja Nova (AL) e Chinaré;
9 de novembro: Penedo (AL);
10 de novembro: Piaçabuçu (AL);
11 de novembro: Foz do São Francisco e Brejo Grande (SE);
12 de novembro: encerramento da Expedição em Penedo (AL).
As Expedições Científicas do Baixo São Francisco são uma realização da Ufal, por meio do investimento do MCTI, CBH São Francisco, Codevasf, Semarh-AL e Fapeal; e do apoio da Fundepes, Agência Peixe Vivo, Tanto Expresso, ICMBio, Emater-AL, Hanna Instruments, Colgate, Rotary Club Arapiraca, Grupo Coringa, Andrade Distribuidor LTDA e das seguintes instituições de pesquisa: UFRPE, UFBA, Unir, UFPB, UFS, INPI, UEFS e do IEAPM.
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