Cosems/AL apoia IV Fórum Integrado Nasf e Saúde Mental Municípios
A secretária executiva do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems), Sylvana Medeiros, representou a entidade na manhã desta quinta-feira (15), no auditório da Unit, no IV Fórum Integrado Nasf e Saúde Mental: Atuação na Atenção Básica: práticas de cuidado humanizado e compartilhado no território. O evento é coordenado pela Secretaria de Saúde de Maceió.
Na ocasião ela coordenou os trabalhos da mesa com a temática Uma reflexão sobre os modos de cuidar e produzir saúde no cotidiano dos serviços. De acordo com ela, não se admite pensar em fazer saúde nos dias de hoje sem a integralidade das ações e o fórum surgiu para fomentar esta prática entre as equipes, tendo destacado também a importância da interface da Atenção Básica com a Vigilância em Saúde.
“Temos uma parcela expressiva da população sem assistência direcionada da Atenção Básica sobrecarregando as assistências especializadas e emergências”. O desafio da Secretaria de Saúde de Maceió, segundo Sylvana, é buscar co-financiamento do Estado e da União para ampliação da cobertura de assistência da Atenção Básica. Informou ainda que no final de 2017 foi aprovada portaria do Pró-Saúde/Sesau na qual ficou expressa a necessidade da garantia deste financiamento.
O diretor de Atenção à Saúde da SMS de Maceió, Francisco Lins, representou o titular da pasta Thomaz Nonô, e destacou a necessidade das práticas compartilhadas nos territórios, uma vez que os usuários pertencem ao Sistema. “O paciente precisa de atenção e temos que ouvi-los nas Unidades Básicas de Saúde e outros setores. A SMS de Maceió tem se preocupado em avançar no acesso ao cidadão, sobretudo na Atenção Básica, já que é a porta de entrada do SUS”
O coordenador dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família/Nasf da SMS de Maceió, Berto Gonçalo, salientou que o setor avançou apesar das dificuldades e citou entre os ganhos o salto de quatro Nasf para dez e com a possibilidade de aumentar mais quatro.
O objetivo do Fórum que se estende até esta sexta-feira (14) é promover um espaço de discussão sobre as práticas compartilhadas no território com a participação dos profissionais das equipes que formam a Atenção Básica, Equipes Saúde da Família e Nasf; e dos serviços que compõem à Rede de Atenção à Saúde (RAS) em cada território.
A gerente de Atenção Psicossocial Isolda de Araújo destacou que o trabalho de saúde mental não é fácil mesmo com equipe qualificada. “Maceió conta com sete residências terapêuticas com 70 pacientes internos de longa permanência que têm autonomia para viver em sociedade”, afirmou.
O gerente de Atenção Primária da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Rodrigo Luz, enfatizou a importância de aplicar as práticas integrativas e complementares nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo de responsabilidade do Estado – salientou ele – capacitar e treinar os profissionais para atender esta finalidade.
A coordenadora Geral da Atenção Primária, Ednalva Araújo, expôs sobre a legislação da portaria nº 2.436 de 21 de setembro de 2017 que aprovou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), sendo o desafio dos profissionais que a fazem tirá-la do papel e torná-la resolutiva. “Precisamos discutí-la dentro dos territórios para que a nova PNAB não seja virtual, sendo o grande desafio promover a integração entre os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com os Agentes de Controle às Endemias”.
Durante a manhã a enfermeira e professora da Uncisal Lucélia da Hora expôs sobre Apoio Matricial: um suporte necessário; a professora da Ufal, Marília Silveira ministrou palestra sobre a Gestão Autônoma de Medicamentos (GAMA), iniciativa inspirada na do Canadá, focando na política e práticas de cuidado em saúde mental. A assistente social do Nasf e do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Vânia de Oliveira, falou sobre a Intersetorialidade da assistência em saúde: um processo em construção.
Já o assistente social do Caps II em Nossa Senhora do Socorro, localizado em Sergipe, Felipe Pereira, detalhou sua experiência sobre Redução de danos na perspectiva da clínica ampliada com ênfase no território, destacando a necessidade do profissional interagir com o usuário do SUS, fomentando um ambiente de empatia e troca de saberes.