Morte de Dirceu Lindoso deixa municípios de luto Municípios
A morte do historiador Dirceu Acioli Lindoso, aos 87 anos, ocorrida nesta terça-feira, deixa de luto os 102 municípios alagoanos que tiveram sua história contada por em diversas publicações.
Dono de um grande legado intelectual , Lindoso descreveu Alagoas, suas origens e seu povo fazendo uma intersecção entre a história e a sociologia.
Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Lindoso era natural de Maragogi, no Litoral Norte do Estado, onde também foi secretário municipal de Cultura.
Dentre as principais obras de Lindoso, estão: “A utopia armada: rebeliões de pobres nas matas do Tombo Real, 1832-1850” (Paz e Terra, 1983), “Formação de Alagoas Boreal” (Catavento, 2000), “A Razão Quilombola: estudos em torno de conceito quilombola de nação etnográfica” (EDUFAL, 2011), “O Grande Sertão: os currais de boi e os índios do corso” (Fundação Astrojildo Pereira, 2011), “O Poder Quilombola: a comunidade mocambeira e a organização social quilombola” (EDUFAL, 2007).
A gerente de comunicação da AMA, jornalista Zélia Cavalcanti, destaca toda a carga emocional que Dirceu Lindoso carregava em suas palestras , seus artigos e na condução dos eventos culturais. ” Conversar com o Dirceu era uma delícia. Aprender sobre nós, nossas raízes, com um mestre do conhecimento me tornou uma amante da história de Alagoas”, finalizou.