Segunda edição dos Seminários Técnicos orienta gestores sobre informações do Censo 2022 Municípios
A coleta de dados para o Censo 2022 já começou. Os recenseadores já percorrem as casas e apartamentos em todas as localidades do país e, desde o primeiro dia de agosto nas ruas, a coleta de dados apresentou resultados. Isso porque, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas primeiras 48 horas, foram visitados 2 milhões de domicílios no Brasil, com população apurada de mais de 3 milhões de pessoas, um ritmo que demonstra o sucesso da coleta.
Para sanar dúvidas dos gestores municipais, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) promoveu nesta terça-feira, 9 de agosto, a segunda edição dos Seminários Técnicos com a temática do Censo. “A CNM acredita que o Censo vai resolver alguns problemas da gestão pública municipal, que vêm se desenvolvendo ao longo dos anos”, disse o economista do Estudos Técnicos da CNM, Hilton Silva.
O servidor efetivo do IBGE, lotado na Coordenação Operacional dos Censos, David Dias, reforçou a importância e o tamanho do Censo. “É a maior atividade de pesquisas que temos no IBGE e é a única que chega no detalhamento e riqueza das informações intramunicipais, em nível de bairro, de setor censitário”, completou.
Para muitos gestores, o Censo é importante por influenciar diretamente sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Mas Hilton Silva lembrou que vai além do FPM. “Além de contar as pessoas, traz informações, características, como está a questão imigratória. Influi sob o SUAS [Sistema Único de Assistência Social], sobre o SUS [Sistema Único de Saúde]. Boa parte do recurso deles é per capita. Se estamos com a população defasada, é sinal que você, gestor público, está fazendo gestão com menos recurso do que deveria”, disse.
Os gestores podem acompanhar como está sendo realizado o Censo na sua localidade. Isso porque, de acordo com o coordenador operacional dos Censos do IBGE, o gestor é convidado a participar de, pelo menos, dois encontros importantes. “Essas reuniões vão acontecer na coleta de cada uma das suas cidades, são reuniões de acompanhamento. Todos vão ser convidados oficialmente. Peço que fiquem atentos ao convite e que participem e atendam a estas reuniões que acontecem na sua cidade. Temos uma intermediária, que acontece durante a coleta, e uma no fechamento do censo, quando divulgamos a população preliminar que foi contada”, completou.
Além disso, o gestor municipal pode compartilhar as informações do Censo nas redes sociais do Município. “Tem várias pessoas que não sabem o que é o Censo, e quando o recenseador bater na porta, vai questionar o que esta pessoa está fazendo na porta. Divulguem e façam esse trabalho de divulgação, para que tenhamos números confiáveis. Incentive as pessoas da sua cidade a receber o recenseador, peça que as pessoas abram a porta. Essa também é a hora de acompanhar o chefe do posto de coleta e pedir informações. Depois que fechar o Censo, não cabe mais argumentação”, completou Hilton Silva.
Como identificar o recenseador
Existem várias formas de identificar o recenseador. Primeiramente, ele estará com colete e crachá identificando que ele está a trabalho do IBGE. Se mesmo assim tiver dúvidas, o morador pode, ao atender o recenseador, acessar o site do IBGE. Ao acessar a página principal, o morador consegue verificar se o entrevistador é do IBGE. Para tanto, basta preencher o campo solicitado com o número da matrícula constante no crachá do entrevistador.
Atualização de cadastros
Uma das etapas mais importantes na realização do censo demográfico é a atualização dos cadastros de endereços dos Municípios. Ao explicar como é realizado esse processo, o representante do IBGE detalhou a importância de manter as informações cadastrais em dia. “ O IBGE sugere que os cadastros sejam estruturados para que possa ser feito o intercâmbio. A expectativa é de que existam mais de 85 milhões de endereços atualizados até o final do Censo ”, relatou David Dias ao detalhar como funciona a inserção de informações sobre cada área, seus respectivos geocódigos e a importância da padronização de logradouros no Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE),
Intercâmbio
Por meio do acesso ao Conteúdo Exclusivo da CNM, disponível no portal da entidade aos Municípios contribuintes com o movimento municipalista, os representantes municipais podem compartilhar na plataforma informações que são compartilhadas diretamente com o IBGE. Dentre elas, a atualização cadastral de endereços que servirão para ajudar no mapeamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cobrança que é competência municipal. Para isso, é necessário que seja assinado eletronicamente o termo de adesão também disponível na plataforma da CNM.
Por: Livia Villela e Allan Oliveira
Da Agência CNM de Notícias